quarta-feira, 10 de março de 2010

Apófis

Apófis é o rival de Rá. Representado como uma serpente gigantesca, tenta repetidamente sufocar o Sol e acabar com a humanidade, mergulhando-a nas trevas Eternas.
Apófis, identificado com as forças do caos, era a encarnação do mal para os antigos egípcios, que o representavam como uma enorme serpente com mais de 200 metros de cumprimento. Deus da obscuridade e da Duat, mundo subterrâneo, senhor das forças da destruição e rei das almas proscritas. Todas as noites Apófis tenta atacar a barca de Rá, com o objetivo de a capturar.

Apófis nasceu da saliva da Deusa primordial, Neit. Repudiado pelos seus congéneres e condenado a viver nas trevas afastado das divindades, adquiriu a forma de uma serpente e, louco de raiva, decidiu vingar-se dos outros Deuses, sobretudo do criador do mundo terrestre , Rá, para compensar a injustiça de que havia sido alvo.

Ka, Ba, Akh, Ren e Shwt

Para os antigos Egípcios o ser humano era composto de cinco elementos diferentes: o Ba, o Ka, o Akh, o Ren e o Shwt.


Designava-se uma espécie de alma e se refere a todas as qualidades não-físicas que formam a personalidade de um ser humano. Isso inclui também o poder de cada um.
Uma função importante do Ba era tornar possível que o morto saísse de sua tumba e reencontrasse seu Ka. Já que o corpo físico não podia mais fazer isso, era o Ba, transformado em um pássaro com cabeça de humano, que podia voar entre a tumba e o submundo. Também se acreditava que o Ba pudesse assumir a forma que quisesse, e que tinha que se reunir com o falecido todas as noites para que o falecido pudesse viver para sempre e se tornar em Akh: um ancestral. Ao contrário da alma, ou do espírito, o Ba era bastante ligado ao corpo físico. Acreditava-se até que o Ba tivesse necessidades físicas, como comida e água.



É quase impossível traduzir o conceito para nossa língua, mas tente imaginá-lo como sendo a "força criativa dentro de cada ser, seja divino ou não",
Acreditava-se que o Deus criador criava o Ka das pessoas quando criava a pessoa em seu torno para cerâmica. O Ka então seguia a pessoa como uma sombra, ou como sua cópia durante toda a vida, mas quando a pessoa morria, o Ka voltava ao seu lar divino. Ele também dependia de ofertas de alimentos, verdadeiros ou como desenhos nas paredes das tumbas. Diferentemente do Ba, o Ka não ingeria esses alimentos e sim assimilava sua energia da mesma maneira que as estátuas dos Deuses "assimilavam" a energia das ofertas colocadas para eles.


Akh

Esta é a forma na qual os mortos sagrados vivem na eternidade. É também o resultado da união entre o Ka e o Ba. Acreditava-se que o Akh vivia para sempre, inalterado, e era muitas vezes chamado de "Aquele que Brilha".


Ren - Nome

O Nome era uma parte muito importante de um indivíduo. Era considerado uma parte viva do indivíduo e acreditava-se que o Nome, ou até mesmo a palavra, fosse a expressão perfeita da pessoa, ou do objeto em questão. Uma criança recém nascida tinha que receber um nome imediatamente ou não viria à esse mundo de modo apropriado.
Muitas vezes os antigos não queriam pronunciar o nome de uma divindade, e usavam sinônimos, desta maneira, o nome verdadeiro da divindade ficaria oculto e protegido.
O poder no nome era tanto que os único que podiam destruir poderes demoníacos eram aqueles que sabiam seu nome. Quando o morto passasse pelos caminhos do submundo, ele afastaria os perigos dizendo: "Eu te conheço e sei teus Nomes".


Shwt - Sombra

A Sombra também era uma parte viva e essencial do indivíduo. É preciso lembrar que em um país como o Egito, uma sombra pode ser uma bênção protetora dos raios quentes do sol. Também era visto como uma entidade com poder e que podia se mover com grande rapidez.
Assim como a Sombra podia proteger, ela precisava ser protegida também. Aqui a dualidade do antigo Egito pode ser vista novamente, aonde tudo existe em sua forma complementar também. Nada existia sozinho, por si próprio, as funções sempre estavam interligadas com o universo, com Netjer e com o Homem.

Palácio das Duas Verdades

"O defunto, trajando um vestido de linho, era introduzido por Anúbis no grande recinto onde o julgamento seria realizado. Saudava, então, a todos os deuses presentes.

Primeiro, o falecido deveria proferir uma “confissão negativa” declarando que não cometera pecados ou más ações. Verificava-se então se estava sendo honesto a cada um dos 42 itens confessados.

Enquanto o morto fazia sua declaração, Anúbis ajoelhava-se junto a uma grande balança colocada no meio do salão e ajustava o fiel com uma das mãos, ao mesmo tempo em que segurava o prato direito com a outra. O coração do finado era colocado num dos pratos e, no outro, uma pena, símbolo de Maat, a deusa verdade. O coração humano era considerado pelos egípcios a sede da consciência.

Assim, ao ser pesado o coração contra a verdade, verificava-se a exatidâo dos protestos de inocência do defunto. Como as negativas vinham de seus próprios lábios, ele seria julgado pelo confronto com o seu próprio coração na balança. Se este se igualasse com a verdade, tudo correria bem e o defunto seria bem-vindo no além-túmulo, caso contrário, o morto estaria cheio de pecados e, então, seria comido por um terrível monstro Ammut, o devorador dos mortos."

"Viva de maneira tal que teu coração nunca pese mais que a pena da justiça e da verdade"



Neit

Seu nome significa "Eu venho de mim mesma", ou autoconcebida. De acordo com a lenda Neith emergiu das águas primevas. Seguiu o curso do rio Nilo em direção ao mar, até alcançar o Delta, dando forma à cidade de Sais(Sau no Antigo Egito), onde era Patrono(padroeiro). Ela se autogerou e como a "Mãe Original", uma divindade andrógina, englobava tanto o feminino como o masculino. A sua bissexualidade era original, não tendo recorrido a nenhum deus masculino para iniciar a concepção dos vários elementos do Cosmos.
Era a Abridora de Caminhos, a Caçadora, Senhora do Oeste, Deusa guerreira e protetora criadora de Deuses e homens, divindade funerária e Deusa inventora na Mitologia egípcia, tinha forma de escaravelho, vaca, depois foi deusa da guerra, da caça e deusa inventora. É também adorada como divindade tutelar da tecelagem. É, portanto, considerada a Deusa que ensinou os humanos a arte da tecelagem, as artes domésticas. Era padroeira dos tecelões de Sais que trabalhavam o linho para as faixas das múmias. Daí que, muitas vezes, seja figurada com a lançadeira de tecer na cabeça.

O abutre era o seu animal sagrado como de outras Deusas. O símbolo hieroglífico para "mãe" era um abutre. Ele come os cadáveres e lhes dá novamente a vida, simbolizando o ciclo da perpétua transmutação morte-vida.

Neith é a criadora única de tudo que está no interior da terra, minerais e pedras preciosas, a "Senhora do Deserto", a "Senhora do Mar", o "Grande Tudo", a "Todo-Poderosa". Na Época Baixa, é chamada "A Mãe dos deuses". Quando assume a forma de vaca, gera inevitáveis associações com Hator e Ísis. Assim, Hórus é também seu filho.

A partir do Reino Antigo, Neith, protegia Osíris, Rá e o faraó e era identificada com a abelha (bit), o que explica precisamente que o seu templo em Sais se chamasse per-bit. Símbolo real e solar, a abelha era associada ao raio e nascera das lágrimas de Rá caídas na terra. No plano social ela representa o Mestre da Ordem e da prosperidade e também o ardor guerreiro ou a coragem. Seu simbolismo estabelece a ordem e a harmonia, tanto pela sabedoria como pela lança.
Em Sais, de onde procedia, era conhecida como "Senhora do Mar" e esposa de Sobek, enquanto em textos de Reino Antigo, tinha a Seth como marido e era mãe de Sobek, com o Título de "Amamentadora de Crocodilos". Outro centro do culto era Esna (Alto Egito), onde era conhecida como "Aterradora", aqui era esposa de Khnum e mãe de Apofis (serpente maléfica), constituindo a tríade de Esna. Os salmos litúrgicos dessa localidade apresentam-na ainda assimilada a Sopdi, a Mut, a Nekhebet, a Bastat, além de Sekhemet e a Hator. Segundo outro relato mítico, da saliva que lançou nas águas primordiais produziu Apófis.
Como "Dama do Ocidente" era a protetora dos vasos de vísceras e velava o defunto junto com Ísis, Neftis e Selket. Sob sua proteção está o vaso de Duamutef, com cabeça de chacal, que contém o estômago do rei mumificado. OS "Textos das Pirâmides" e os "Textos dos Sarcófagos" referem-na já nessas funções, o que atesta a sua antiguidade e realça a sua função com o faraó morto. Mas, além de proteger as vísceras do defunto, protegia seu descanso e seu sono, disparando suas flechas contra os maus espíritos. Nessa acepção, em que funde os seus caracteres de divindade funerária e Deusa Guerreira, costumava ser representada nas cabeceiras das camas egípcias.

No famoso túmulo de Tutankamon foi encontrado quatro estatuetas douradas pequenas de quatro deusas são elas: Aset (Isis), Nebt-Het (Nephtys), Serqet (Selket) e Nit (Neith). Neste contexto, podemos identificar Neith, como protetora dos mortos, é mencionada no "Livro dos Mortos", como aquela que assegura a passagem do defunto para a outra vida. Também, o linho que envolvia a múmia eram tecidos por Neith. Desta forma, as múmias ficavam sob sua proteção. Sendo assim, Neith é uma das Deusas tutelares da morte e exerce função no renascimento da alma.

Em um mito, Neith é convidada por outros deuses para julgar no conflito entre Seth e Hórus sobre quem deveria herdar o trono do Egito, em função de sua grande sabedoria. É reconhecida aqui como a "Mãe Anciã". Ela sugeriu que Hórus fosse feito rei e que Seth deveria receber duas Deusas semíticas como prêmio de consolação. E, assim foi feito.

Tendo concebido o mundo no seu coração, fez vários elementos virem à existência ao pronunciar simplesmente os seus nomes. Com as sete palavras criativas surgiram: a coluna inicial sobre a qual tomou posição (situada simultaneamente em Sais e Esna, os seus declarados santuários), o Sol (Rá-Amon-Khnum), a Ogdáode de Hermópolis e o deus Thot.

Face à essa especulação, ela é a mãe de Rá, enquanto vaca Ilhet que surge do caos primordial e que auxilia o nascimento do Sol. Nessa forma, associada ao tempo primário e a recriação diária, abria os caminhos do Sol. Muitas referências feitas ao renascimento do Sol nos vários pontos do céu durante as mudanças sazonais demonstram os diferentes aspectos de Neith, que reina em forma de Deusa celeste.

16 de Agosto a 15 de Setembro - Deusa Neit

Horóscopo: As pessoas nascidas sob a sua proteção são muito práticas, cuidadosas e reparam nos mínimos detalhes, porque estão sempre atentas a tudo o que acontece. Sabendo usar as suas qualidades positivamente alcançam o que consideram a sua maior felicidade, segurança e serenidade, mas sempre correm o risco de perder o equilíbrio por não saberem dar o justo valor a cada coisa.

Ma'at

Deusa da justiça e do equilíbrio, representada como uma belíssima jovem mulher alada, portando uma pena de avestruz na cabeça.

"Certa vez, uma belíssima ave apaixonou-se pelo calor e a luminosidade dos raios do Sol, o deus Rá. Ela voou até ele, mas foi tão alto que o calor acabou incinerando-a. Uma única pena voou pelos ares, e essa era a deusa Maat vindo ao mundo. Divindade a quem eram atribuídos todos os conceitos de verdade, retidão, justiça e harmonia universal.
Irmã de Rá, sua filha e sua alma, ou ka, sem o qual ele não poderia sobreviver. Era também esposa de Thoth, o escriba dos deuses, pois a Justiça muitas vezes necessita de leis escritas para ser cumprida. Através de Maat, Ra colocou ordem no caos que havia após a criação, e, portanto, Maat tornou-se a tese da imutabilidade universal, em que todos os opostos deveriam manter-se mutuamente em um estado de equilíbrio e harmonia."

16 de Setembro a 15 de Novembro - Deusa Ma'at

Horóscopo: As características desta deusa são capacidade de observação, senso de justiça e sabedoria para criar harmonia à sua volta. As pessoas nascidas sob sua proteção tem um temperamento simpático e afável, além de um grande senso estético. Usando as suas qualidades positivamente tornam-se famosas e muito queridas. Em geral, essas pessoas têm problemas em fazer escolhas e precisam sempre de opinião dos outros. Para terem sucesso, no entanto é necessário aprenderem a fazer suas próprias escolhas.

Tauret

Deusa da fertilidade, da felicidade, protetora das das mães, das mulheres grávidas, do nascimento e do renascimento no reino dos mortos, o Duade. Protetora das gestantes e das crianças, Tuéris era representada como uma forte e vigorosa hipopótoma grávida.


16 de Fevereiro a 15 de Março - Deus Taret

Horóscopo: As pessoas que nasceram sob sua proteção têm grande sensibilidade e intuição, tendência para assuntos místicos, esotéricos, astrológicos ou mágicos. Elas têm enorme bondade e capacidade de entendimento, possuem um olhar profundo e doce. As pessoas devem desenvolver inata em prol do bem ao próximo, mas devem evitar o desperdício de energia.


Hathor

Deusa dos céus, da música e da dança, protetora dos prazeres e do amor, da vaidade feminina e da alegria. Representada como uma vaca, como uma mulher com cabeça de vaca ou como uma mulher com chifres.

É a legítima portadora do sistro, os egípcios acreditavam que o som produzido pelo instrumento poderia aplacar o deus em questão.
Trazia a felicidade e era chamada de "dama da embriaguez" e muito celebrada em festas.

Muitas vezes Hathor está associada a Ísis e Bastet. Dizem que ela era quem amamentava o Deus Hórus.


16 de Novembro a 15 de Dezembro - Deusa Hathor

Horóscopo: As pessoas que nasceram sob sua proteção possuem muita sensualidade e uma grande capacidade de amar, a permanente jovialidade e a alegria ao riso são constantes. Estas pessoas são quase sempre felizes, mas basta um pequeno problema para que se sintam desgraçados.

Anúbis

Deus dos mortos e dos moribundos, Anúbis era quem guiava a alma dos mortos no além, temido pela sua frieza e severidade do seu juízo. Representado por um chacal ou um homem com a cabeça de chacal. Os chacais são uma "espécie de cachorro" que habitavam os cemitérios.

Apesar de muitos acreditarem, ele não é filho de Seth e sim de Osíris.
"Seth se negava dar um filho a Néftis, então Néftis se transformou em Ísis para tentar seduzi-lo, mas não conseguiu.
Osíris sem saber que a suposta Ísis era a Néftis, transou com ela, e dessa relação nasceu Anúbis.
Por temor a Seth, logo após o parto de Anúbis, Néftis o escondeu. Ísis ao saber disso, guiada por cães foi a procura de Anúbis, ao encontrar o recem-nascido ficou encarregada de alimenta-lo, após isso ele se converteu como acompanhante e guardião de Ísis."

Anúbis tinha como filho Kebechet.

A devoção por Anúbis era muito grande, pois ele era quem guiava a alma dos mortos.
Em uma parte do livro dos mortos está escrito exatamente como era a devoção por Anúbis: "Nós, os Chacais, sacerdotes de Anúbis, somos os guardiães de suas tumbas gloriosas ou sepulturas humildes. Somos os guardiães dos mortos. Somos os servos de Anúbis. Somos a Cinópolis."


16 de Dezembro a 15 de Janeiro - Deus Anúbis

Horóscopo: As pessoas que nasceram sob sua proteção têm grande força de vontade, paciência e inteligência aguda. Essas pessoas sabem conduzir o seu destino, tornando-se pessoas de sucesso em qualquer setor, porém este demora a chegar, porque Anúbis é o senhor do tempo e retarda as conquistas.
Embora sejam fiéis, têm excesso de ambição e exagerado orgulho que, às vezes, os torna egocêntricos e pouco modestos.

terça-feira, 9 de março de 2010

Loki

Deus do fogo e da Trapaça, é o bem e o mau em uma pessoa só, irmão de sangue do deus Odin.

Ele possui um grande senso de estratégia e usa suas habilidades para seus interesses, envolvendo intriga e mentiras complexas. Sendo um misto de deus e gigante, sua relação com os outros deuses é conturbada. Entretanto, ele é respeitado por Odin, os dois mantém relações fraternas. Ele também ajuda Thor em algumas situações para recuperar seu martelo Mjollnir, roubado pelos gigantes.

Ragnarök, Fim do mundo.

A batalha foi travada entre os deuses ( Aesires e Vanires, liderado por Odin) e as forças do mal (os gigantes de fogo, os Jotuns entre outros monstros, liderados por Loki). Esta batalha não levaria apenas à destruição dos deuses, gigantes e monstros: o próprio universo seria despedaçado irreversivelmente em partes.
Entre outros acontecimentos profetizados, Fenrir será solto e irá devorar Odin.

Estes dois grupos foram rivais desde o início dos tempos, mas os Aesir conseguiram ao longo de sua existência, prender alguns dos principais gigantes e o próprio Loki, que ficou atado em tortura eterna numa caverna. Mas pela influência das mentiras de Loki, Rune-Midgard começa a sofrer grandes males, como um rigoroso inverno, batalhas e caos entre os seres humanos.